Autor: Luís Bizarro Borges
A história
Ricardo, o narrador do livro “Porra para o teatro!” de Luís Bizaro Borges, um frustrado empregado de escritório e um frustrado dramaturgo com laivos de teatrólogo, vai tentando observar-se e observar os outros em busca da verdade. Ao mesmo tempo, apresenta propostas cénicas que são, na essência, a descoberta do Outro em si. Entre essas propostas cénicas está a “Eu pecador me confesso”.
O contexto
Luís Bizarro Borges publicou em 1997 o seu primeiro livro, Porra para o Teatro! (Campo das Letras) onde surge a proposta desta peça teatral, Eu pecador me confesso. Com Pelo Lado do Invisível, foi finalista do Prémio Eixo Atlântico de Narrativa Galega Portuguesa Carlos Blanco 2000. É jornalista no Jornal de Notícias.
“Eu pecador me confesso” desmitifica tabus religiosos e é aparentemente anticlerical. Aparente porque o que releva dela não é o sentido crítico do ato confessional, mas apenas o significado e a utilidade que cada um dos confessandos lhe imprime: um momento, não introspetivo e intimista, mas sim uma oportunidade de também ver o Eu no e com o Outro.
Ficha artística
Adaptação e encenação: Hélder Magalhães e João Lopes
Elenco: Daniel Fonseca, Fátima Ramos, Fernanda Marques, Fernando Igrejas, João Lopes, Paulo Silva, Rosa Barreira
Responsável técnico: Filipe Nascimento
Peça apresentada pelo grupo de teatro da ACRM no âmbito do Intercâmbio Cultural Concelhio de Vila do Conde, ICC, em 2008