Em 1979, na Casa de S. Sebastião, atual Centro de Memória, é criada uma exposição, com peças cedidas temporariamente, potenciadora da coleção do Museu de Vila do Conde, nomeadamente no que se refere à muscalização da Construção Naval de Madeira. Era dado o primeiro passo para a criação de uma estrutura museológica concelhia. Passados 29 anos, e resultante de um projeto de regeneração do edifício existente e da criação de dois novos corpos, duplicando, desta forma, a área inicial, a Casa de S. Sebastião abre as suas portas ao público, reunindo no mesmo espaço as valências do Arquivo Municipal, do Gabinete Municipal de Arqueologia e do tão desejado núcleo central do Museu de Vila do Conde.
O núcleo central do Museu de Vila do Conde garante o apoio técnico aos restantes núcleos museológicos, designadamente aos núcleos Alfândega Régia – Museu de Construção Naval (inaugurado em 2001), Nau Quinhentista (inaugurado em 2007), Museu das Rendas de Bilros (inaugurado em 1991) e Casa de José Régio (inaugurado em 1975), bem como aos museus de outras tutelas existentes no concelho – Museu dos Bombeiros, Museu das Cinzas, Museu da Cooperativa Agrícola, Núcleo Museológico de Vilar da Fundação PT, Museu de Arte Sacra.
Desde 2013 a exposição permanente “Vila do Conde: Tempo e Território”, dedicada à memória do território de Vila do Conde ocupa um lugar de relevo no núcleo central. É um espaço de diálogo, de sensações e de emoções que motivam a reflexão sobre os processos e as relações históricas e socioculturais que ao longo de milhares de anos construíram a identidade de Vila do Conde, contribuindo para a construção de uma imagem real do passado, presente e futuro de Vila do Conde. São 19 salas sobre o concelho de Vila do Conde, as suas origens, as suas gentes, os seus ambientes, que remetem para uma viagem, com início há cerca de 200 mil anos, percorrendo um conjunto de períodos determinantes na constituição da identidade de Vila do Conde.