Autor: Jorge Louraço Figueira

A história

Todos os anos João Nove-Horas monta um espantalho no campo de girassóis, em memória do velho avô Baltazar. Esta primavera, graças aos poderes mágicos do espantalho, João Nove-Horas está finalmente prestes a consumar o ato com a namorada Elisa Truta…  até que ouve o irmão Júlio e a cunhada Valdéria chegarem a acordo com o presidente Luís Fenícios, no último dia do mandato, para a venda do campo, o desvio de uma auto-estrada e a construção de uma gasolineira.

Enquanto Elisa vai avisar o Padre Ezequiel Bacano que o subsídio prometido à igreja vai ser destinado à expropriação, Nove-Horas vai para a Câmara disfarçado de apicultor, onde tenta, com a ajuda da secretária do presidente, Rosinha, oferecer mel com laxante aos inimigos do campo de girassóis.  O estratagema fracassa e tudo se enrola até que o espantalho Palha d’Aço salva a situação…

O contexto

João Louraço Figueira é doutorando em Estudos Artísticos na Universidade de Coimbra, dramaturgo residente d’ O Teatrão (Coimbra), docente da ESMAE e crítico de teatro do jornal Público.

O dramaturgo escreveu a peça “o espantalho teso” em 2001.

Atraído pelo “declínio da ruralidade”, o autor constrói, ao jeito de uma farsa popular, uma narrativa aparentemente linear que vai incorporando dramaturgicamente marcas de uma ancestralidade rústica, evidenciadas no uso do dialeto mirandês e na apropriação de ladainhas, provérbios e impropérios populares.

Ficha artística

Adaptação e encenação: Hélder Magalhães

Elenco: Catarina (Vila Chã), Daniel Fonseca, Fátima Ramos, Fernanda Marques, João Lopes, Marco Santos, Paulo Silva, Rosa Barreira, Rita Marques

Responsáveis técnicos: Filipe Nascimento

Peça apresentada pelo grupo de teatro da ACRM no âmbito do Intercâmbio Cultural Concelhio de Vila do Conde, ICC, em 2010

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